sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Fim?


Mexicanos temem que terremoto seja prelúdio de profecia maia
Muitos mexicanos têm entrado em pânico pelo recente terremoto, pois temem que na verdade se cumpra a temida profecia maia. De acordo com esta profecia, vários desastres golpearão a Terra este ano, até o dia 21 de dezembro em que se terá o final do ciclo de 5125 anos. Este anúncio tem gerado o interesse de milhares de turistas para testemunharem o “fim do mundo”.

Lima. Quarta-feira, 21 de março de 2012 – Nuevo ojo
Descubra os destinos do mundo da 13a edição da Revista Travessa em Três Tempos!;
Antes que seja tarde!

Você também pode fazer o download da 13a edição da Travessa em Três Tempos e ler quantas vezes quiser.
Você pode fazer o download nas versões:
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 Divirta-se!!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sobre chapéus e alegria

Dos moradores da rua Annita Garibaldi recebemos constantes reclamações sobre o procedimento incorrecto e offensivo a moral publica, de mulheres da vida alegre que por ahi residem. Ainda hontem os moradores da casa n. 16 da referida rua se viram na dura contíngencia de recorrer as nossas autoridades policiaes solicitando uma providencia que ponha cobro ás estravagancias e attitudes “bellicosas” das taes “marrequinhas”.
O que, porém, é fora de duvida é que a rua Anitta Garibaldi, hoje transformada numa das nossas principaes vias publicas, já não se presta para morada de gente de tal profissão.
Bom seria, por isso que as nossas autoridades policiaes decidissem a remoção dessas mulheres para outra rua menos transitada.
O estado – 14 de fevereiro de 1920

Descubra, nas páginas da Travessa, o papel normartizador que a imprensa de Santa Catarina tinha entre as décadas de 1920 e 1930; e dê muitas risadas com as histórias que temos para contra sobre chapéus e as meninas alegres da casa de número 17.

Você também pode fazer o download da 12a edição da Travessa em Três Tempos e ler quantas vezes quiser.

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sábado, 13 de outubro de 2012

Edital de chamada de textos - 13a edição

A Revista Literária Travessa em Três Tempos está abrindo edital para chamada de textos para sua décima terceira edição que terá como tema principal o fim do mundo!

Confira a seguir nosso documento base:


2012, e o fim do mundo


Mexicanos temen que terremoto sea prelúdio de profecia maya

Os muchos mexicanos han entrado en pânico por el reciente terremoto, pues temen que em verdad se cumpla la temida profecia maya. Según esta predicción, vários cataclismos golpearán a la tierra este año, hasta el 21 de diciembre em que se terá el final de um ciclo de 5125 años. Este anuncio há generado el interes de miles de turistas para ser testigos del “fin del mundo”.
Lima, miércoles 21 de mars – Nuevo ojo



Mexicanos temem que terremoto seja prelúdio de profecia maia

Muitos mexicanos tem entrado em pânico pelo recente terremoto, pois temem que na verdade se cumpra a temida profecia maia. De acordo com esta profecia, vários desastres golpearão a Terra este ano, até o 21 de dezembro em que se terá o final do ciclo de 5125 anos. Este anúncio tem gerado o interesse de milhares de turistas para testemunharem o “fim do mundo”. 
Lima. Quarta-feira, 21 de março de 2012 – Nuevo ojo


Profecia de Chilam Balam, que era cantor na antiga Mani

Boa é a palavra de ânimo, Pai.
Entra em seu reino,
entra em nossas almas o verdadeiro Deus;
mas abrem ali seus laços.
Pai, os grandes cachorros tragam os irmãos, 
escravos da terra.
Murcha está a vida
e morto o coração de suas flores,
e os que introduzem sua vasilha até o fundo,
e os que estiram até rompê-lo,
danificam e sorvem as flores dos outros.
falsos são seus reis, 
tiranos em seus tronos,
avarentos de suas flores.
De gente nova é sua língua,
novos seus assentos, suas vasilhas, seus chapéus.
golpeadores do dia, 
afrontadores de noite,
magoadores do mundo!
Torcida está sua garganta,
entreabertos seus olhos;
frouxa é a boca do rei de sua terra,
Pai, o que agora já se faz sentir.
Não há verdade nas palavras dos estrangeiros.
os filhos das grandes casas desertas,
os filhos das grandes casas desertas,
os filhos dos grandes homens
das casas despovoadas,
dirão que é certo
que eles vieram aqui, Pai.

Que profeta, que Sacerdote,
interpretará retamente
as palavras destas escrituras?

________________________________________________________________________________
LEON PORTILLA, Miguel. A conquista da America Latina vista pelos indios : relatos astecas, maias e incas. 2. ed. Petropolis: Vozes, 1985. 143p


Achou o documento interessante? Você tem até o dia 04 de novembro para inventar uma criativa história relacionada a esse documento e enviar para o nosso e-mail.

Confira o edital completo no 4shared ou no mediafire, também confira nossas normas de edição.

Em caso de dúvidas entrar em contato com a comissão editorial da Revista Travessa em Três Tempos pelo e-mail: revistatravessa@gmail.com

domingo, 23 de setembro de 2012

Bonita





“Parecia uma menina grande. Uma irmã daquelas bem dadas com os irmãos. Ela era brincalhona, uma moleca, e conquistava todo o mundo. Contava uma piada da pega e todo mundo achava graça.Tratava bem a todo mundo. Gostava até de botar apelido.”

Vinte e Cinco – ex-cangaceiro do bando de lampião







Adentre a Travessa, brinque no tempo e descubra lados de Maria Bonita, a rainha do cangaço, que você nunca viu!
Você também pode fazer o download da 11a edição da Travessa em Três Tempos e ler quantas vezes quiser. 

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uma dança de esperança

“Um negro e uma negra dançam sozinhos, muitas vezes ao som de um instrumento chamado “Carimba”, pelos portugueses (...). O homem que toca este instrumento serve-se de acompanhamento um canto que faz frequentemente correr lágrimas dos olhos dos negros, de maneira que se veem os negros dançando e chorando ao mesmo tempo”.  
(HARO, 1996: 243)


Dançam homens e mulheres, corpos suados balançando ao ritmo do carimba. Uma dança que os transporta de volta para suas terras. Uma dança que lhes enche de vida, uma dança de esperança.




Descubra os encantos da dança e da musicalidade afrocatarinense, narrada pelas múltiplas vozes de nossos autores. 

Gostou muito, e quer poder ler várias vezes ao dia? É só fazer o download da 10a edição da Travessa em Três Tempos e se divertir em vários ritmos.

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Divirta-se!

sábado, 30 de junho de 2012

Um pouco mais de Sinhô!



Você acabou de ler a 9ª edição da Travessa em Três Tempos - TUDO ACABA EM SAMBA - e ficou doidinho para saber mais sobre o querido Rei do Samba, Sinhô?!

Não tem problema! Nós separamos para você um interessantíssimo documentário produzido pela TV Brasil.

Segue a descrição do programa: 

José Barbosa da Silva, o Sinhô, é um dos mais talentosos compositores da primeira fase do samba carioca - o começo do século XX. Não perdia festa na casa da baiana Tia Ciata, onde encontrava outros bambas como Pixinguinha e Donga, com quem brigou por causa da autoria de "Pelo Telefone", o primeiro samba gravado da história. Controvertido, acusado muitas vezes de plágio, foi também pioneiro na luta pelos direitos autoriais. Malandro, amigo de intelectuais e artistas da elite carioca, fez a ponte entre a cultura do morro e a dos salões. Participam do programa o biógrafo André Gardel e os músicos Clara Sandroni, Marcos Sacramento, Teresa Cristina, Zeca pagodinho e Luiz Henrique


De cá pra lá - Sinhô


Primeira parte:


Segunda parte:



Divirta-se!

domingo, 24 de junho de 2012

Tudo acaba em samba

"O Sinhô dos mais deliciosos sambas cariocas, era um desses homens que ainda morrendo da morte mais natural deste mundo dão a todos a impressão de que morreram de acidente."

Foi assim que falou o compadre Manuel Bandeira,  mas   o que será que aconteceu? Como é que foi o enterro daquele que foi chamado Rei do Samba?

Ele morreu de morte morrida mesmo?

Você pode jurar? 

- Juro, sim sinhô! Ele morreu.
- Não posso acreditar. Mas ocê jura mesmo? Jura pelo senhor?
- Oh compadre Ernesto, ocê acha que eu ia brincar com um negócio desse?! Juro até pela imagem da santa cruz do redentor!"



Se você não pode jurar de coração o que foi que aconteceu no enterro do Sinhô, ou se você não sabe quem é o Sinhô e quer descobrir, faça o download da 9a edição da Revista Travessa em Três Tempos e divirta-se.

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Edital de chamada de textos - 12a edição



A Revista Literária Travessa em Três Tempos está abrindo edital para chamada de textos para sua décima segunda edição que terá como tema principal o papel normatizador da imprensa nas décadas de 20 e 30.

Confira a seguir nosso documento base:



O papel normatizador da imprensa nas décadas de 20 e 30

“Analisando diversos jornais que circulavam em Florianópolis, entre as décadas de 1920 e 1940, encontra-se sem dificuldades artigos ou notas que ilustram perfeitamente o papel normatizador da imprensa entre as populações. Como exemplo disto, em 14 de fevereiro de 1920, o Jornal O Estado publicava uma nota contra algumas prostitutas que residiam na rua Anita Garibaldi (região central de Florianópolis), “sugerindo” às autoridades que se procedessem as suas remoções. Em diversas edições de janeiro 1931, o jornal O Estado denunciava também o “falso profeta” de um culto espírita que resultou em processo criminal. Notas sobre comportamento, indumentária e notas policiais delatando a “vadiagem” e a “desordem”, entre outras, eram comuns, servindo principalmente como alertas à população, para que correspondessem às expectativas das normativas vigentes, estabelecidas pelo governo nacionalista. Passados oito anos, o mesmo jornal publicou, em 2 de dezembro de 1939 uma nota cujo título era “O inconveniente de andar sem chapéo”, onde o maior problema, segundo a notícia, não era o perigo de pegar alguma insolação ou doenças causadas por excesso de sol ou chuva, mas sim a “sociabilidade, ou antes, a boa educação”, já que o chapéu era acessório usado para cumprimentar respeitosamente outros cavalheiros e senhoras, assim como também indicar sinal de respeito em eventos de cunho religioso.” 

O inconveniente de andar sem chapéo

ANDRÉ Lavadan, numa das suas saborosas crônicas, da secção “A moda” no “Petit Parisien” fala sobre o maior dos inconvenientes da moda masculina de andar sem chapéo. Não se trata do perigo de insolação ou de constipação, por causa das ardências do sol ou das cardas d’água.
Os que andam de cabeça ao léu, em geral, sofrem os assaltos das intempréries sem maiores inconvenientes para a preciosa saúde. O caso é outro. É que, para as pessoas “deschapeladas” só há dois tipos de cumprimento – um aceno de mão aos amigos, e para “os outros” uma simples inclinação de cabeça. E “os outros” pódem ser moças, senhoras respeitáveis, cavalheiros de idade e consideração, personalidades de categoria, enfim toda uma porção de pessoas, pertencentes às mais variadas classes, e para as quais há dezenas de maneiras de tira o chapéo, isto é, de cumprimentar.
“O abandono do chapéo priva-nos da técnica do cumprimento, pela qual se reconhecia, e ainda hoje se reconhece, ‘a origem e a raça dos homens distintos’. Isto quer dizer que: deixando-se o chapéo em casa, deixa-se em casa, também, o culto das boas maneiras”.
O estado – 02 de dezembro de 1939


Queixas e reclamações

Moradores à rua Curitibanos queixam se contra um grupo de notívagos que naquella via publica perturbam o sossêgo das famílias ali residentes, fazendo serenatas ao som de violões. Para o facto chamamos a attenção da policia civil.
________
Pedem-nos chamemos a attenção da policia para o facto de, á noite, reunirem-se á entrada da travessa Loureiro um bloco de desoccupados, proferindo toda a sorte de palavras indecentes e perturbando a tranquillidade das familias residentes nas immediações.
O estado – 15 de outubro de 1932


A rua Annita Garibaldi

Dos moradores da rua Annita Garibaldi recebemos constantes reclamações sobre o procedimento incorrecto e offensivo a moral publica, de mulheres da vida alegre que por ahi residem.
Ainda hontem os moradores da casa n. 16 da referida rua se viram na dura contíngencia de recorrer as nossas autoridades policiaes solicitando uma providencia que ponha cobro ás estravagancias e attitudes “bellicosas” das taes “marrequinhas”.
O que, porém, é fora de duvida é que a rua Anitta Garibaldi, hoje transformada numa das nossas principaes vias publicas, já não se presta para morada de gente de tal profissão.
Bom seria, por isso que as nossas autoridades policiaes decidissem a remoção dessas mulheres para outra rua menos transitada.
O estado – 14 de fevereiro de 1920

Recortes e texto retirados da da dissertação de mestrado de Lisandra Barbosa Macedo:

MACEDO, L.B. Ginga, Catarina: Manifestações do Samba em Florianópolis na década de 1930. Florianópolis, 2011. Dissertação de Mestrado. (História do Tempo Presente) Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Disponível em: http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2636

Achou o documento interessante? Você tem até o dia 30 de agosto para inventar uma criativa história relacionada a esse documento e enviar para o nosso e-mail.


Confira o edital completo no 4shared ou no mediafire, também confira nossas normas de edição.


Em caso de dúvidas entrar em contato com a comissão editorial da Revista Travessa em Três Tempos pelo e-mail: revistatravessa@gmail.com


quarta-feira, 16 de maio de 2012

O caso dos vinténs


"Em maio de 922 amei uma pequena, mas pouco tempo. Depois deixei-a porque os pais queriam que eu casasse. Mas casar só pela Polícia! Em 7 de setembro principiei a amar outra, até que breve a vou deixar. Em 12 de outubro de 922 principiei a amar outra, imagina fez hontem 130 dias, quer dizer 4 meses e dez dias pois Lucrecio peço-te que nunca confesses nada a ninguém, mas tirei os trez vinténs dela!"


E foi assim que começou o tormento do pobre Manoel Joaquim de Souza. O mulherengo ganhou os vinténs e de brinde um casório.


Bem! Há controvérsia!

Mas se você ficou curioso para saber como Maria Imaculada entregou seus trez vinténs, ou se Manoel Joaquim casou ou não.  Faça o download da 8a edição da Revista Travessa em Três Tempos.

Você pode baixar as versões:

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terça-feira, 15 de maio de 2012

Normas de Edição

Você tem uma boa imaginação? Gosta de inventar histórias? Quer escrever e publicar na Travessa? Então, confira nossas normas de edição!



NORMAS DE EDIÇÃO

1. Somente serão aceitos textos escritos em português-BR.

2. O texto deverá ser elaborado a partir e de acordo com o documento-base presente no final deste edital.

3. Não serão aceitas poesias.

4. O texto deverá ser escrito em formato de narrativa, sem diálogos, objetivando a produção de uma nova versão a respeito do documento proposto.

5. Cada interessado poderá enviar até 1 (um) texto.

6. Os interessados que tiverem seus textos selecionados pela comissão avaliadora serão comunicados através de e-mail até 05 (cinco) dias após o fechamento do edital.

7. A participação será voluntária e não será emitido certificado, bem como quaisquer premiações. (ver subtítulo Publicação)

INSCRIÇÕES

1. O interessado terá sua inscrição efetuada através do envio do texto dentro do prazo acima citado para o e-mail: revistatravessa@gmail.com
2. O texto deverá conter de 1 (uma) a 1 (uma) lauda e meia em documento Word; letra tamanho 12; tipo de fonte Arial; sem espaçamento.

3. O texto deve conter entre 350 (trezentos e cinqüenta) palavras e 630 (seiscentos e trinta) palavras.

4. Cada interessado deverá criar um pseudônimo para a publicação, além de se identificar com nome completo, e-mail e ocupação/fase na graduação.

AVALIAÇÃO

1. Os textos serão avaliados por membros da equipe da Revista Literária Travessa em Três Tempos, de acordo com as normas acima citadas.

2. Caso haja necessidade de alguma alteração no texto, o interessado será notificado por e-mail em até quatro dias antes da data de publicação da Revista.

3. Fica vetado qualquer tipo de alteração por parte de quaisquer integrantes da Revista em texto dos participantes, salvo correções ortográficas e gramaticais.


PUBLICAÇÃO

1. Os textos escolhidos serão publicados na edição correspondente ao edital da Revista Literária Travessa em Três Tempos, com a identificação do autor ao fim do texto através do pseudônimo escolhido e na ficha técnica através do nome completo cedido na inscrição.

2. O autor do texto publicado receberá 05 cópias da Revista para a distribuição.

Edital de chamada de textos - 10a edição

A Revista Literária Travessa em Três Tempos está abrindo edital para chamada de textos para sua décima edição que terá como tema principal a dança e a musicalidade afrocatarinense.

Confira a seguir nosso documento base:





Ilha de Santa Catarina. Relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX. Florianópolis, Editora Lunardelli, 1996.
Desenho do viajante Louis Choris, retratando as danças e as músicas em Santa Catarina no século XIX. Fonte: HARO, Martim Afonso Palma de.


Sobre o relado de Louis Choris:


“O relato de Louis Choris, pintor e desenhista russo, em viagem a Santa Catarina, no ano de 1815 descreve os divertimentos dos cativos e libertos, situações interessantes para se perceber a musicalidade das populações de origem africana neste local. Essas informações nos dão margem a pensar não só as influências das práticas culturais de africanos e afrodescendentes nas manifestações da musica urbana brasileira do século XX, como as possibilidades de existência de uma musicalidade particularmente afrocatarinense. [...] Ainda que os elementos culturais das populações de matriz africana sejam brevemente citados no que poderíamos classificar como os primeiros registros historiográficos catarinenses, consegue-se compreender que os divertimentos, a dança e a música de cativos e libertos também faziam parte do dia a dia dos (então) desterrenses.”

Sobre a musicalidade afrocatarinense:

1. “Um negro e uma negra dançam sozinhos, muitas vezes ao som de um instrumento chamado “Carimba”, pelos portugueses (...). O homem que toca este instrumento serve-se de acompa-nhamento um canto que faz freqüentemente correr lágrimas dos olhos dos negros, de maneira que se vêem os negros dançando e chorando ao mesmo tempo”. (HARO, 1996: 243)

2. “O rei ou o mestre do grupo dançante se destacava de todos os outros companheiros do baile pela estatura, as dimensões do corpo e os gestos. Como herói ele conduzia seu povo, que se reunia em círculo em torno dele. (...)Em lugar de músicos, havia um círculo de negros sen-tados ao chão em um canto e batiam com as mãos sobre uma pele de boi esticada sobre um toco de árvore – Este era o tambor. (...) Negros e negras, como foi dito, circundavam seu chefe e, conforme as habilidades dançavam no centro do círculo, fazendo os movimentos mais estranhos e peculiares; outros cantavam, ou melhor, emitiam alguns gritos africanos que eram incompreensíveis. Eles gingavam de uma maneira incomparável os quadris, girando-os horizontalmente em forma de círculo, enquanto que a parte superior do corpo permanecia quase que imóvel, equilibrando-se nas pernas que se movimentavam velozmente. O objetivo principal de tais danças consiste na representação de atos comuns da vida, por exemplo, da pesca, caça, guerra, etc”.(HARO, 1996: 169)

3. “negro cativo não podia nem ao menos ser músico... por incrível que pareça, um jornal de 1866 reclamava contra a fundação de uma sociedade musical de homens de cor, à qual per-tenciam alguns escravos. Nem era admissível, dizia a folha... escravo não tinha direitos (tex-tual) – o que era sabido – e não poderia sair à rua depois do toque de recolher” (CABRAL, 1979: 388)

Desenho do viajante Louis Choris e citações retiradas da dissertação de mestrado de Lisandra Barbosa Macedo:

MACEDO, L.B. Ginga, Catarina: Manifestações do Samba em Florianópolis na década de 1930. Florianópolis, 2011. Dissertação de Mestrado. (História do Tempo Presente) Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Disponível em: http://www.tede.udesc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2636

Achou o documento interessante? Você tem até o dia 04 de junho para inventar uma criativa história relacionada a esse documento e enviar para o e-mail revistatravessa@gmail.com. 


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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Edital de chamada para textos - 9a edição

A Revista Literária Travessa em Três Tempos está abrindo edital para chamada de textos para sua oitava edição que terá como tema principal a morte [e vida] do sambista Sinhô - considerado um dos mais talentosos compositores de samba do Rio de Janeiro.


Para conhecer o documento base para esta edição e ver a regras para participação faça o download do edital no link abaixo:


http://www.4shared.com/office/kBsKyemY/Edital_Samba.html?